quarta-feira, 9 de maio de 2012

Para seguir adiante!

O Vasco, tão acostumado a usar a força de São Januário para intimidar seus adversários, verá o feitiço se voltar contra o feiticeiro nesta quarta-feira, quando o time enfrenta o Lanús, no estádio Ciudad de Lanús-Néstor Díaz Pérez. Conhecido como La Fortaleza, o local é uma das principais armas dos argentinos para superar a equipe carioca no jogo de volta das oitavas de final da Libertadores. Tanto, que os jogadores da equipe argentina falaram após a derrota, por 2 a 1, no duelo de ida, que estavam muito confiantes que o fator casa os faria inverter a situação.



La Fortaleza e São Januário têm ainda outras semelhanças, além de serem a casa de seus torcedores. Os dois foram criados na década de 20, embora o estádio cruz-maltino, aberto em 1927, seja dois anos mais velho do que o argentino, erguido em1929. Ambos tiveram participação de seus torcedores para que fossem construídos.
Há ainda uma similaridade bem recente. Os dois estádios passaram por obras nos últimos anos. Na Colina, os alambrados foram trocados, as arquibancadas pintadas e um novo telão foi instalado. Embora o La Fortaleza ainda seja bem menos moderno que o estádio vascaíno, as arquibancadas receberam pinturas e o local ainda está em obras para ser melhorado. Aliás, assim como aconteceu no jogo contra o Flamengo, ainda se pode encontrar restos das obras (madeiras, pregos, pedras) pelo local.
As semelhanças, entretanto, param por aí. Ao contrário de São Januário, que fica em um bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, La Fortaleza fica bastante longe do centro de Buenos Aires. Na realidade, Lanús é um município ao sul da capital argentina. Aliás, um município pouco convidativo para os estrangeiros, ainda mais à noite, já que carece de iluminação pública. À volta do estádio, as construções são de barracos, alguns pintados com alusões ao time. Os vestiários são muito velhos e com infiltrações, diferente do que se vê na Colina, pelo menos no espaço do dono da casa. Os bancos de reservas também são bem mais modestos se comparados aos do caldeirão cruz-maltino.
Guerra de nervos
O Lanús já começou a usar o seu estádio para pressionar o Vasco nesta terça-feira. Os dois times tinham acordado que o Gigante da Colina poderia treinar na véspera do jogo no local, mas os argentinos mudaram de ideia em cima da hora e as atividades cruz-maltinas foram transferidas para um campo anexo da Bombonera. O fato irritou os vascaínos, mas eles garantem que não fará diferença na hora da partida.
- A gente foi pego de surpresa. Isso é a Libertadores. Aquela rivalidade que faz com que a gente nem possa treinar no campo do jogo. Claro que para a gente era legal treinar no campo, você já sabe a dimensão, olha o gramado, pode escolher a chuteira. Ou seja, pode se preparar um pouco melhor. Mas não é nada absurdo. Podemos fazer isso meia hora antes do jogo - garantiu Alecsandro.
Estádio la Fortaleza, Lanús, Vasco (Foto: Marcelo Sadio / Flickr do Vasco)
La Fortaleza também tem uma característica comum a alguns estádios argentinos. A torcida fica bastante próxima das quatro linhas, o que facilita para exercer pressão em cima do time adversário. As arquibancadas ficam ainda mais perto das balizas e, por isso, o goleiro Fernando Prass é quem mais vai sofrer com isso nesta quarta-feira.
- A gente está acostumado com isso. Nem ouve. Pode gritar à vontade. A gente tem que ter tranquilidade e jogar o nosso jogo – garante o goleiro.
O estádio tem capacidade para cerca de 40 mil torcedores e, segundo a imprensa local, deve estar cheio nesta quarta-feira para tentar empurrar o Lanús a dar mais um passo em sua evolução recente, que inclui o primeiro título nacional de sua história (o Apertura de 2007). O clube, que disputou quatro Libertadores quase que em sequência, caiu duas vezes na primeira fase (2009 e 2010) e uma nas oitavas, para o Atlas-MEX, em 2008. Se passar pelo Vasco, vai ter feito sua melhor campanha na história da competição.
Fonte: Globoesporte.com

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