quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Goleiro Bruno faz faxina em presídio e ganha salário de R$ 409 por mês




O goleiro Bruno Fernandes, preso sob a acusação de envolvimento no desaparecimento e possível morte da modelo Eliza Samudio, está há um ano e cinco meses sem jogar uma partida de futebol oficial. No entanto, vem desempenhando um novo papel na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG): faxineiro. Desde julho deste ano, o jogador é responsável pela manutenção da limpeza do pavilhão onde está preso. Ele recebe um salário mensal de R$ 409 por mês, remuneração que segue a determinação da Lei de Execuções Penais (LEP) (¾ do salário mínimo).
A informação foi dada pela Revista “Veja” e confirmada junto a Secretaria de Defesa Social (Seds) e ao advogado de Bruno, Cláudio Delladone. Conforme a Seds, o goleiro é hoje um dos 11.300 presos do sistema prisional de Minas Gerais que trabalham enquanto cumprem pena. Ele foi selecionado pela Comissão Técnica de Classificação (CTC) da unidade, que é uma equipe multiprofissional de avaliação, composta por médicos, psicólogos, enfermeiros, pedagogos, dentistas, gerentes de produção e diretores. O advogado do atleta afirmou que ele mesmo pediu para realizar as atividades:
– O Bruno falou do desejo de trabalhar no presídio. Para ele é uma terapia, um momento em que ocupa a mente, já que segue preso mesmo não sendo culpado. E ele é bem caprichoso – diz Dalledone.
A cada três dias de trabalho, a pena de Bruno será reduzida em um dia. Como o jogador ainda não foi julgado, só será computado caso aconteça alguma sentença. Além disso, o dinheiro ganho ajuda o atleta a pagar a pensão alimentícia das duas filhas, que foi acordada em dois salários mínimos (uma para cada) no dia em que o goleiro assinou a separação com a ex-mulher Dayanne Rodrigues.

Novo recurso no STF
O advogado promete entrar com um novo recurso para pedir habeas corpus para o atleta, que está preso desde julho de 2010. Ele vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF), última instância na justiça brasileira, para conseguir a liberdade do jogador.
– Estou aguardando para fazer o pedido no STF. Não tem sentido o Bruno continuar preso. E as pessoas estão se aproveitando disso para caso tenha um júri popular no julgamento dele. Sem corpo não há crime. E ele conseguindo essa liberdade, a sociedade vai perceber o erro e vai inocentá-lo – afirma Dalledone.

Fonte: Jornal Extra

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